domingo, 27 de junho de 2010

BEATO CLEMENTE MARCHÍSIO - Presbítero

*  16 DEZEMBRO




Clemente Marchisio, Sendo o primeiro dos nove filhos do casal João Marchisio e Lúcia Becchio, teve de resignar-se às condições económicas de sua casa. Aos dezasseis anos, tinha completado já os estudos do liceu.

Não podendo entrar no seminário, por falta de meios, conseguiu, sob a orientação do Pe João Baptista Sacco, estudar as disciplinas filosóficas. Entrou logo para o curso de teologia que tirou com um brilho invulgar.

Foi ordenado presbítero, aos vinte e três anos, precisamente no dia 20 de Setembro de 1956.

Nos primeiros tempos de sacerdócio, colaborou com S. José Cafasso, seu mestre de teologia moral e pastoral, no ministério da catequese e obras de caridade sobretudo para com os presos. Mais tarde, dirá ter sido o exemplo deste santo quem o encorajou na prática das virtudes sacerdotais.

Em 1860, após o ofício de vigário cooperador em Cambiani e Vigone, foi nomeado pároco de Rivalva. Aí permanecerá até à morte, preocupado sobretudo com a sorte das crianças e das jovens para as quais construiu um lar e uma fiação, onde pudessem ganhar a vida, sem ser preciso ausentar-se de casa.

Para cuidar destas raparigas, tendo pedido a protecção de Nossa Senhora, fundou o Instituto das Filhas de S. José, logo aprovado pelo arcebispo de Turim e louvado por Leão XIII. Em 1908, Pio X conceder-lhe-ia a aprovação definitiva. A elas confiou o encargo de prepararem quanto fosse necessário para a celebração da Eucaristia desde o pão e o vinho até às toalhas e velas.

Para tal obra, viveu sempre como pobre, dispensando aos doentes e aos indigentes o melhor de seus bens.

Para recalcar o seu temperamento autoritário e impetuoso, muito teve que dominar-se. A força para a sua paciência e humildade procurou-a no mistério da Eucaristia cuja contemplação e adoração muito tinha a peito, não apenas no sacrifício do altar como nas longas horas junto do sacrário.

Estes sentimentos e práticas comunicou-os aos paroquianos, ensinando-os a participar mais consciente e frutuosamente na sagrada liturgia. É de salientar, na sua vida de piedade, a leitura quotidiana da Bíblia com uma terna devoção a Nossa Senhora.

Quando a morte repentina lhe sobreveio, a 16 de Dezembro de 1903, ia nos 70 anos, crescia já a sua fama de santidade.

Quando a 30 de Setembro de 1984, João Paulo II o beatificou disse dele estas palavras: “Também no beato Clemente Marchisio refulge a imagem de Cristo bom Pastor. Preocupado em ser sempre modelo para os fiéis, na palavra, no procedimento, na caridade, na fé, ele esforçou-se por progredir na graça de que o padre é dotado em Cristo, tornando-se assim instrumento cada dia mais válido e vivo de Jesus Sacerdote eterno. Homem de oração, como deve ser todo o sacerdote, foi ciente do dever de invocar a Deus, Senhor do Universo e da vida, mas foi igualmente convicto de que a verdadeira adoração, digna da infinita santidade de Deus, se realiza sobretudo pelo sacramento do Corpo e Sangue de Cristo. Estava, de facto, persuadido de que a Igreja se edifica sobretudo na Eucaristia, e que os membros da comunidade cristã, participando nela, se identificam misticamente com Cristo e se tornam uma só coisa entre eles”.


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