* 15 MAIO
Isidoro o lavrador, nasceu em Madrid. Os seus pais eram muito pobres, nada possuíam em bens, e todo bem que possuíam era por graça de Deus; o tesouro da fé.
A Isidoro não foi permitida a frequência na escola, a extrema pobreza chamou-o desde os primeiros anos de idade, ao trabalho pesado, do campo.
Foi a assistência do Espírito Santo, merecida pela sua extraordinária humildade, que substituiu-lhe perfeitamente a falta livros. Isidoro, na ânsia de conhecer as verdades da fé, não perdia a ocasião de ouvir a palavra de Deus, que tão profundamente lhe calava a alma.
A paciência nas contrariedades, o modo afável de tratar o próximo, a prontidão em perdoar ofensas à fidelidade nos patrões.
A pontualidade no cumprimento dos deveres, o respeito e a modéstia e antes de tudo a grande caridade para com todos, assim Isidoro trilhava o árduo caminho da santidade.
Isidoro transformava em oração os trabalhos mais pesados, tudo oferecia por amor ao seu Deus e para cumprir a sua vontade.
Enquanto a mão dirigia o arado o coração estava elevado para Deus, era tanta intimidade, que os outros empregados e os seus patrões tinham a impressão de que ele estava em êxtase. O seu olhar era iluminador e as suas palavras cheias de ternura e mansidão.
O seu patrão chamava-se João de Vagas e soube sempre ser reconhecido ao seu mais ilustre servo Isidoro. João reflectia o versículo do Eclesiastes, como conselho que diz: “Como a tua alma ama e estima um empregado prudente.” Isidoro obteve do seu patrão a autorização de assistir à missa todos os dias. Levantava-se de madrugada para cumprir as suas primeiras obrigações com Deus e com o seu patrão.
Apesar da sua pobreza, dava o que possuía aos mais pobres e sempre com o coração cheio de alegria.
Casou-se com Maria Turíbia que em tudo parecia-se com o seu santo esposo.
O único filho do casal morreu ainda criança, e logo em seguida morre Maria Turíbia, com fama de santidade.
Certo dia enquanto Isidoro detinha-se na sua contemplação e oração, o seu patrão foi ao campo e testemunhou o grande prodígio, de ver um anjo arando a terra.
Isidoro adoeceu gravemente e com exactidão predisse a sua morte, para a qual preparou-se com todo o zelo. Era dia 11 de Maio de 1170, estava com 60 anos.
Muitos milagres confirmaram-lhe a grande santidade.
Era por todos muito amado.
Quarenta anos depois da sua morte, o corpo foi transportado do cemitério para a Igreja de Santo André e mais tarde colocado na capela do Bispo.
Isidoro foi canonizado em 1622 pelo Papa Paulo V.
Que os homens do campo, lavradores, agricultores, a exemplo de Santo Isidoro, façam do seu trabalho diário um meio perfeito de santificação.
E que Santo Isidoro interceda por todos quantos tiram da terra o seu sustento e o alimento de milhares de mesas.
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