* 20 OUTUBRO
No tempo da monarquia visigótica peninsular, pouco mais de meio século após a conversão da Coroa ao Cristianismo, num convento de monjas, na margem do rio, lugar de recolhimento e oração junto à água viveu Iria, Irene ou Ireia jovem noviça de origem nobre e rica em dotes físicos e morais, cuja educação foi confiada ao monje Remígio por seu tio Célio, abade beneditino.
O filho do Governador do Condado, Britaldo ao vê-la na igreja de S.Pedro Fins onde ela foi fazer as suas orações e rendido a tanta beleza, apaixonou-se doidamente por Iria tendo esta recusado as suas propostas visto ter dedicado a sua vida ao serviço de Deus.
À paixão de Britaldo seguiram-se os ciúmes de frei Remígio que acabou também por se apaixonar pela sua formosura e lhe deu uma "beberragem" que lhe fez inchar a barriga como se estivesse grávida.
Britaldo julgando-se traído encarregou um seu servo de matar Iria, o que este fez, degolando-a, despojando-a das suas roupas e lançando-a ao rio a 20 de Outubro.
Assim, "o corpo assassinado duma bonita mulher infinitamente superior à sua beleza física, uma alma gloriosa, imparável; um despojo humano rio abaixo, já relíquia, a baptizar outros lugares" toca fundo no coração dos tomarenses que a adoptaram como sua mártir e a consideram a Padroeira de Tomar.
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