sábado, 10 de julho de 2010

SANTO HILÁRIO - Doutor da Igreja

*  21 OUTUBRO



Santo Hilário era francês, acredita-se que tenha nascido no ano 315, de família rica e pagã, recebendo uma educação e instrução privilegiada.

Durante anos tinha muitas dúvida e só as tirou com o Evangelho e então  converteu-se ao cristianismo.

Hilário foi baptizado aos trinta anos de idade, junto com a sua esposa e a sua filha, Abrè, a quem amava ternamente. A partir daí passou a levar uma vida familiar guiada pelos preceitos cristãos.

Este era um período de paz externa para a Igreja, que precisava se fortalecer o seu próprio seio. Mas que, no entanto, apresentava-se cheia de pequenas rupturas internas, provocadas principalmente pela chamada “heresia ariana”, uma doutrina que negava a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Foi justamente pela vida exemplar que levava, assim como pelos conhecimentos intelectuais e espirituais que, povo e clero, o elegeram bispo, convidando-o para o cargo. Era uma decisão difícil, pois um bispo alçado da sua condição tinha que, obrigatoriamente abandonar a família para abraçar o clero. Mas não vacilou e aceitou a incumbência e desafios que ela lhe trazia. Foi consagrado bispo de Poitiers e lutou vigorosamente contra o arianismo. Debate após debate, polémica após polémica com os hereges, a sua defesa da Fé foi tornando-se conhecida e o respeito pela sua actuação era cada vez maior.

Foi por isso chamado “o Atanásio do Ocidente”. Como ele, Hilário foi perseguido pelos imperadores e sofreu o exílio. Enviado para o Oriente, não se sentiu derrotado, aproveitou para estudar o grego e conhecer as comunidades cristãs mais antigas e os ensinamentos dos maiores sábios da Igreja, o que só fortaleceu a sua missão.

Corajoso, durante o exílio de cinco anos, escreveu livros contra os imperadores Constâncio e Auxêncio. Também foi o autor de diversas obras: sobre a Santíssima Trindade, Comentários sobre os Salmos, e algumas obras cujos textos interpretou. Contribuindo intensamente para o desenvolvimento da teologia da revelação.

Hilário ficou realmente fascinado pela liturgia oriental. Compôs hinos litúrgicos para familiarizar os fiéis com a teologia e mantê-los mais intimamente unidos às celebrações. Pastor zeloso, procurou, ao retornar à sua diocese na França, oferecer ao seu rebanho o que de melhor aprendera neste período de exílio. Mas nem por isso esqueceu a família, cuja filha ele mesmo ministrou o sacramento do matrimónio e a esposa ingressou num mosteiro, com o seu auxílio e aprovação.

Faleceu em 367, quando passou a ser venerado como santo logo após o seu último suspiro. Uma conhecida frase sua mostra bem a coragem e a valentia com que viveu e actuou, enfrentando hereges e poderosos: “Enganam-se os que acreditam que me farão calar. Falarei pelos escritos e a palavra de Deus, que ninguém pode aprisionar, voará livre”.

O Papa Pio IX, canonizou-o e honrou-o com o título de “Doutor da Igreja”.

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