sábado, 10 de julho de 2010

SÃO DANIEL E 6 COMPANHEIROS

*  10 OUTUBRO



Os esclarecimentos que se tem sobre o ocorrido com estes missionários franciscanos são devidos a duas cartas encontradas nas suas residências.

Os estudiosos consideraram também autêntica a carta de um certo Mariano de Génova, que escrevera ao irmão Elias de Cortona comunicando o destino glorioso dos missionários.

Esse documento teria sido escrito poucos dias após os acontecimentos, e faz parte dos arquivos da Igreja.

O irmão Elias de Cortona era o superior da Ordem, em 1227, quando os sete franciscanos viajaram da Itália para a Espanha, desejosos de transferirem-se para Marrocos, onde pretendiam converter os muçulmanos.

Era um período de grande entusiasmo missionário nas jovens ordens franciscanas, fortalecidas pela memória de são Francisco, que morrera no ano anterior.

O chefe do grupo era Daniel, nascido em Belvedere, na Calábria, que também ocupava o cargo de ministro provincial da Ordem naquela região; os outros  chamavam-se Samuel, Ângelo, Donulo, Leão, Nicolas e Hugolino.

Após uma breve permanência na Espanha, transferiram-se para a cidade de Ceuta, em Marrocos.

Era um acto verdadeiramente corajoso, porque as autoridades marroquinas tinham proibido qualquer forma de propaganda da fé cristã.

No início, e por pouco tempo, trabalharam nos inúmeros mercados de Pisa, Génova e Marsiglia, enquanto residiam em Ceuta.

Depois, nos primeiros dias de outubro de 1227, decidiram iniciar as pregações entre os infiéis.

Nas estradas de Ceuta, falando em latim e em italiano, pois não conheciam o idioma local, anunciaram Cristo, contestando com palavras rudes a religião de Maomé.

As autoridades mandaram que fossem capturados. Levados à presença do sultão, foram classificados como loucos, devendo permanecer na prisão.

Depois de sete dias, todos eles voltaram à presença do sultão, que se esforçou de todas as maneiras para que negassem a religião cristã.

Mas não conseguiu. Então, condenou à morte os sete franciscanos, que se mantiveram firmes no cristianismo.

No dia 10 de outubro, foram decapitados em praça pública e seus corpos, destroçados.

Todavia os comerciantes cristãos ocidentais recuperaram os pobres restos, que sepultaram nos cemitérios dos subúrbios de Ceuta.

Em seguida, os ossos foram transferidos para Espanha.

Hoje, as relíquias são conservadas em diversas igrejas de várias cidades da Espanha, de Portugal e da Itália.

O papa Leão X, em 1516, canonizou como santos Daniel e cada um dos seis companheiros.

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