sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

SANTO ALEXANDRE - Papa e Mártir

* 27 MARÇO



Santo Alexandre I, natural de Roma, foi o sexto Papa da Igreja. Sucedeu a Santo Evaristo, no ano 107 e tinha apenas 30 anos de idade quando assumiu a cadeira de São Pedro. Apesar da idade, exercia já grande influência sobre as pessoas, pela sua extrema piedade e reconhecida santidade. É o sexto Papa da Igreja e também o sexto a tombar em defesa da fé.

Era com muita força que suas pregações atingiam o coração das pessoas, de forma que foi o responsável pela conversão de muitos senadores e grande parte da nobreza romana, dentre os quais um prefeito de nome Hermes e de seus entes, totalizando a conversão de mil duzentas e cinqüenta pessoas. Isto acabou por culminar na sua prisão, por força do mandato expedido pelo governador Aureliano. Trancafiado na cadeia, fez muitos e grandes milagres.

Certo dia, estando nela algemado, veio à noite um menino com uma tocha acesa nas mãos e disse-lhe: "Siga-me, Alexandre"; e havendo feito uma oração, entendendo que era o menino um Anjo do Senhor, seguiu-o, sem que as paredes, nem portas, nem guardas lhe impedissem a saída da prisão. O menino guiou-o até a casa do tribuno Quirino, onde encontrava-se preso Hermes, que muito desejava ver Santo Alexandre. Hermes havia dito a Quirino que por mais que estivesse preso, Alexandre viria à sua casa.

Quando encontraram-se, abraçaram-se os santos mártires e derramaram muitas lágrimas de consolo, e animaram-se mutuamente a morrer por Jesus Cristo. Tal facto assombrou o tribuno Quirino, que já havia ouvido alguns argumentos de Hermes e as razões da conversão e da sua fé em Jesus.

Ao ser naquele momento, sua filha curada de grave enfermidade com o toque das algemas de Santo Alexandre, Quirino converteu-se também ao cristianismo, com a sua filha e todos os presos que estavam na prisão.
Santo Alexandre, mandou que os sacerdotes Evêncio e Teódulo os baptizassem naquele dia.

Chegando esta notícia a Aureliano, este encheu-se de furor e ordenou que fossem atormentados os que haviam sido baptizados na prisão, mandando que trouxessem à sua presença Alexandre, com os dois presbíteros Evêncio e Teódulo e disse-lhes: "Deixemo-nos de práticas e vamos directos ao caso"; ordenou que os carrascos dilacerassem a Alexandre, arrastassem-no com um potro e atormentassem-no com golpes na sua carne, bem como que queimassem o seu costado com chamas acesas.

Após estes tormentos, Alexandre permanecia calado.
Então, Aureliano perguntou: "Por que te calas? Porque não te queixas?". Respondeu Alexandre: "Quando um cristão se cala, com Deus fala".

Aos mesmos tormentos foram submetidos Evêncio e Teódulo.
Evêncio, tinha 81 anos de idade, fora baptizado aos 11 anos e ordenado sacerdote aos 20. Os tormentos eram intensificados, mas ao invés de aterrorizá-los, manifestavam cada vez mais fé e amor a Deus.

Aureliano, mandou acender um forno e mandou fechar Alexandre e Evêncio, mas deixou Teódulo próximo da abertura da porta, para que vendo como se queimavam, sacrificasse aos deuses pelo temor de semelhante castigo.

Entretanto, Teódulo não espantou-se ao ver a chama cobrir os seus companheiros; pelo contrário, incendiado pelo amor divino, desejou ser lançado com eles que, de dentro do forno, chamavam-o e diziam que onde estavam não havia dor nem tormento, senão fresco e descanso.
E assim foi; as chamas não lhes causou nenhum mal e todos saíram do forno mais resplandescentes do que o ouro.

Não abrandou-se, porém, o coração duro e rebelde do tirano, que mandou degolar Evêncio e Teódulo. Com umas setas de aço muito agudas, mandou que fossem atravessados todos os membros do corpo de Alexandre, para que morresse mais cruelmente, sendo degolado no dia 03 de Maio de 116, sob o império de Adriano.

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